O comportamento geracional influencia as marcas pois exige estratégias diferentes para gerações diferentes, dado a dinamicidade desses públicos. Marcas que apostam em adequações para se comunicarem com as diferentes gerações se destacam no mercado e alcançam melhores resultados.
O mercado é ditado por comportamentos e tendências, o que influencia o planejamento estratégico das marcas. O comportamento geracional engloba diversos tipos e perfis de consumidores, com hábitos e preferências de compras diferentes.
Nesse contexto, para acertar nas estratégias é preciso conhecer a fundo seus diferenciais e particularidades. As ações de marketing devem considerar as características de cada geração para aumentar as chances de conversão e vendas.
Ficou interessado em saber o que é e como funciona o comportamento geracional? Continue lendo para conhecer o perfil comportamental das principais gerações e como interferem no desenvolvimento das estratégias de branding!
O que é comportamento geracional?
O conceito diz respeito ao modo como as gerações agem diante das campanhas e ofertas lançadas pelas marcas, considerando as diversidade de opinião, hábito, gosto, preferência, motivação e necessidade.
No mercado está um conjunto de pessoas geracionais de diferentes faixas etárias e experiências, convivendo em um mesmo ambiente. São as particularidades de cada geração que determinam como as marcas devem agir ao criar suas estratégias de marketing e vendas.
As diferenças geracionais transformaram a maneira de fazer marketing nas empresas, deixando o mercado mais dinâmico e competitivo. Por mais que seja tentado e desafiador, internamente, quem ganha são os consumidores que se veem diante do que melhor cada marca pode oferecer a seus clientes.
Como o comportamento geracional influencia as marcas?
Um planejamento estratégico de marketing abrange diversos fatores relacionados ao público que a empresa deseja alcançar. É certo que o modo como as pessoas reagem diante de uma oferta, interferem no processo criativo das marcas.
Cabe ao time de marketing se aprofundar em cada geração, buscar detalhes e pequenas nuances do comportamento para criar seus diferenciais. Para entender essa influência e definir as melhores estratégias é essencial identificar o perfil geracional dos consumidores.
Entre características e diferenciais, sabendo de forma antecipada como funcionam, será mais fácil trabalhar as ações e elaborar um planejamento completo de marketing e suas ações de influência.
As marcas com amplos perfis geracionais precisam encontrar diferentes maneiras de abordagens se quiserem corresponder às expectativas de todos. São perfis diferentes, interessados em um mesmo produto ou serviço, porém, que requerem estímulos apropriados.
Para ajudar, trouxemos um descritivo dessas gerações, o que motiva sua decisão de compra e como estabelecer um relacionamento efetivo com cada uma delas para garantir a longevidade do relacionamento e sucesso nas vendas!
Baby Boomers
A geração nascida entre 1940 e 1960, atualmente na faixa etária de 60 a 80 anos, é mais analógica e tradicionalista. É composta de pessoas preocupadas com a estabilidade, em ter um emprego fixo, oportunidade de carreira e de aposentadoria.
São pessoas com perfil mais desconfiado, que preferem televisão, jornal, livros e revistas, a sites ou aplicativos. Tudo que é tecnológico demais pode parecer complexo e difícil para esse público da terceira idade, surgido bem antes da era digital.
No entanto, enganam-se as marcas que não investem em campanhas veiculadas na internet voltadas para esse público. Os boomers são consumidores virtuais, com a diferença de que compram mais em lojas físicas e menos em lojas online.
De modo geral, levam tempo para construir vínculos com as marcas, porém, quando confiam, se tornam clientes fiéis e promotores. Para alcançar esse público é preciso que as ações transmitam segurança, cumprindo as promessas divulgadas.
A geração Baby Boomers é menos acelerada e demora mais para tomar decisões, seja pela disciplina característica do perfil ou por analisar o orçamento antes de fazer o gasto. Naturalmente são pessoas mais resistentes à mudança, por isso, as estratégias de marketing devem contemplar esses aspectos em relação ao comportamento de compra dos boomers.
Geração X
Nascido entre 1960 e 1980, o público da geração X está com 40 a 60 anos e embora carregue características da geração anterior, é mais flexível. Por mais que busque ter um emprego estável, carreira consolidada e segurança financeira, seu poder de consumo é mais elevado.
Mesmo sem o nível de riqueza dos boomers, os geração X se beneficiam de uma condição financeira que estimula o poder de compra. Assim, eles são mais propensos a aproveitar as oportunidades e ofertas, o que pode ser explorado nas campanhas de marketing.
As soluções digitais não são um problema para esses consumidores, já que cresceram em meio às mais diversas mudanças tecnológicas. São pessoas mais maleáveis, resilientes e adaptáveis ao surgimento de canais, sistemas e aplicativos.
Para se comunicar com esse perfil, é importante que as marcas mostrem os benefícios por trás da aquisição dos seus produtos ou serviços. A geração X, assim como a dos boomers, é fiel às marcas de preferência, no entanto, estão abertas a experimentar algo novo, desde que apresente um bom custo-benefício.
Geração Y ou Millennials
Uma geração altamente conectada por já ter nascido dentro de um mundo dominado pela internet. Os famosos Millennials, nasceram entre 1980 e 1995, atualmente com 25 a 40 anos e um comportamento majoritariamente online.
Os consumidores da geração Y são pesquisadores natos, motivados pela curiosidade e interesse de compra. Habituados a múltiplas telas, inclusive, em dispositivos simultâneos, são apressados, porém exigentes, pois sabem que o mercado está repleto de ofertas.
A criação de campanhas para os millennials é um desafio para a maioria das marcas, a julgar por sua autonomia nas decisões. Essa é uma geração que tem grande responsabilidade na transformação do modo como as empresas investem nas ações de vendas.
Isso porque esses consumidores exploram universos multicanais valorizando a conexão e conectividade, mas estabelecem menos vínculos. Dessa forma, podem gostar e comprar de várias marcas sem se fidelizar a um grupo seleto.
São totalmente flexíveis às mudanças, abertos à inovação, impulsionados pelo sentimento de paixão e experiência emocional que podem ter com uma marca. Logo, as ações de marketing devem ter um apelo que conecta qualidade e sensações, valores e ideais.
A geração Y é imediatista e intermediária do comportamento dos velhos e novos consumidores em uma escala, respectiva, de referência e inspiração. Seu poder de influência no consumo de marcas pode ser positivo ou negativo, o que depende de como as ações alcançam e correspondem às suas expectativas.
Geração Z
A próxima geração, de nascidos entre 1995 e 2010, traz consumidores jovens e adolescentes, que estão conectados a todo momento. Chamados simplesmente de GenZ, não fazem distinção entre os universos offline e online, já que vivem na internet.
Perceba que o comportamento geracional evolui junto com a internet e as transformações digitais impulsionadas pela tecnologia. Os GenZ valorizam a preciosidade do tempo que, para eles, não deve ser perdido com coisas sem importância.
Eles são mais imediatistas que os millenials, impondo um ritmo acelerado ao mercado, para corresponder ao seu comportamento ágil e multitarefas. São pessoas com uma capacidade incrível de absorver e armazenar um volume elevado de informações.
Conscientização ambiental e social
Os jovens da Geração Z são mentes atentas a dados e a como se beneficiar deles, seja em seu processo de análise das marcas ou de identificar o melhor custo-benefício. Eles se envolvem com as questões ambientais e sociais, obrigando as empresas a concentrarem a atenção na criação de campanhas com foco na sustentabilidade.
Eles estão de olho em como as empresas e marcas exploram os recursos naturais ou agem para preservação do meio ambiente. Logo, para convencê-los a consumir seus produtos e serviços, as marcas precisam ter o cuidado de conectar promessas e ações efetivas.
No campo social, os GenZ abraçam causas ligadas à identidade, seja de gênero, de etnia ou orientação sexual. São pessoas que não se importam em dizer o que pensam, positiva ou negativamente, inclusive, usando os canais e espaços online como as redes sociais para expressar suas opiniões contextualizadas por argumentos sólidos.
Em meio às mudanças e crescimento social e econômico no Brasil, essa é uma geração que exige das marcas uma reformulação na abordagem do público jovem. Considerando que eles nasceram sem medo e restrições, é preciso caminhar um passo à frente.
As marcas devem acender o alerta de que a qualquer momento os GenZ podem provocar verdadeiros movimentos a favor ou contra do que acreditam, o que inclui seu posicionamento de consumidor em relação à conduta de uma ou mais empresas.
Geração Alpha
Chegamos à mais recente das gerações e principal preocupação das marcas em seu planejamento de marketing na atualidade. Nascida a partir de 2010, a geração Alpha traz crianças entre 10 e 13 anos de idade, que ainda não são consideradas consumidores.
No entanto, é um público que não pode ser ignorado, já que seu acesso à tecnologia e à internet costuma ser amplo. Mesmo com as limitações impostas pelos pais ou responsáveis, a geração Alpha consegue entender muito das campanhas e estratégias lançadas, até mais que os membros de gerações anteriores.
Antecipação do futuro
Em pouco tempo, essas crianças se tornarão público-alvo e serão disputadas pelas mais diversas marcas no ambiente online. Podemos dizer que é uma geração para se observar em perfil e comportamento hoje, para antecipar as ações futuras em busca de uma vantagem competitiva.
A geração Alpha não sente qualquer dificuldade em lidar com dispositivos e aplicativos, sobretudo, os desenvolvidos a partir da Inteligência Artificial. Sua capacidade de absorver informações e aprender rápido, permite até que ensinem adultos a usar a tecnologia.
Caminhamos para uma era em que a IA terá predomínio, estabelecendo maior interação e afetividade entre os humanos e as máquinas. As pessoas da geração Alpha serão essenciais para intermediar essa conexão e promover uma espécie de fusão mercadológica.
Desde muito cedo elas são estimuladas a pensar e agir de forma conectada, pois a tecnologia funciona como uma extensão do próprio corpo. Filhos de membros das gerações Y e Z, os Alpha têm a importante e natural missão de dar continuidade ao comportamento geracional desde a era dos boomers.
Como relacionar comportamento geracional, uso de ferramentas digitais e canais de consumo de informação?
Em cada geração, com suas características e particularidades, sobressai um aspecto comportamental. Por isso, do lado das marcas é preciso pensar em ações e estratégias que permitam unir comportamento, ferramentas e informação.
Pensando na reação das gerações diante do que as marcas propõem como convite para conhecer de perto seus produtos ou serviços, precisamos considerar alguns elementos:
Comunicação clara e objetivo
Vivemos em um cenário mundial tecnológico e virtual em que não há como fugir da modernidade e conexão impostas pela globalização. A missão de manter um boomer bem-informado é tão desafiadora quanto a de se comunicar com uma criança Alpha.
Portanto, não é possível usar uma mesma linguagem, canais e conteúdo, visando alcançar mais de uma geração. As diferenças fazem com que as marcas precisem variar em seus formatos e abordagens se quiserem atrair pessoas de gerações distintas.
As especificidades da comunicação são o que tornam uma marca atrativa para um consumidor. Ele percebe que, além de um bom produto ou serviço, a empresa se preocupa em dialogar de modo compreensível com o seu público.
Funcionalidade das aplicações e ferramentas
Entre canais online e offline, uso de aplicações como IA, Big Data, Metaverso e interações por bots, por exemplo, as campanhas de marketing precisam surpreender. A tomada de decisão de compra favorável a uma marca está condicionada aos requisitos que ela preenche e que vão além do que comercializa.
Os consumidores atuais anseiam por uma experiência incrível e diferenciada, desde que esteja em consonância com seus valores. A isso se soma o quanto a empresa fornece de informação para que o público se convença de que está diante da melhor alternativa de compra.
Um site responsivo, uma versão mobile interativa ou uma página de checkout segura, essas são experiências de uso que podem fazer diferença. É preciso que as empresas adequem não só a comunicação, mas o modo como as informações são compartilhadas com o público das mais diversas gerações.
Por fim, o comportamento geracional, especialmente, das gerações superiores aos anos 80, tem esse apelo forte tecnológico. Logo, as ferramentas devem agregar valor ao momento em que o consumidor decide buscar na internet alternativas de compras, em meio a tantas marcas que disputam sua preferência.
Gostou do post? Então, que tal aproveitar para ler mais um artigo, dessa vez sobre o planejamento de comunicação e como desenvolver uma estratégia de resultados para a sua empresa!